Banco está tocando a pauta do governo Bolsonaro, que quer rebaixar salários e reduzir direitos de todos os trabalhadores de empresas estatais
Depois de apresentar uma proposta
para redução do período de avaliação para retirada de comissão de função, com o
consequente rebaixamento de salários, na reunião desta segunda-feira (17) com a
Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco trouxe
mais quatro propostas que podem trazer prejuízos aos funcionários: a proibição
da acumulação e venda dos cinco dias de folga a que o funcionário tem direito a
cada ano; o fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do
autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e
a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM
e outras subsidiárias do banco.
“O banco está nos trazendo a pauta do governo Bolsonaro, que quer rebaixar salários
e reduzir direitos de todos os trabalhadores de empresas estatais, inclusive
dos bancos públicos”, avaliou o coordenador da Comissão de Empresa dos
Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Se nas cláusulas
sociais está deste jeito, podemos esperar algo ainda pior das negociações das
cláusulas econômicas, na mesa única de negociações com a Fenaban (Federação
Nacional dos Bancos)”, completou.
Só a luta te garante
O coordenador na CEBB ressaltou a
importância da mobilização e participação da categoria nas ações para
pressionar os bancos. “Os bancários têm a consciência de que precisam
participar das atividades para pressionar os bancos. O que eles talvez ainda
não tenham se dado conta é que, neste ano, as atividades não são presenciais, não
estão relacionadas ao fechamento de agências e departamentos. A luta vai ser
toda por meio da atuação nas redes sociais”, ressaltou. “Os bancários precisam
atuar, nem que seja por meio de um perfil secundário, para conseguirem manter
seus direitos, seu emprego e sua renda”, disse.
Fukunaga disse que a CEBB vai se reunir, mais uma vez para avaliar as formas de
mobilizar os funcionários para lutar contra as propostas que retiram direitos
dos trabalhadores.
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