A 17ª Conferência Nacional dos Bancários
aprovou na plenária final, realizada neste domingo (2) em São Paulo, a
estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2015,
que terá como eixos centrais reajuste de 16%, valorização do piso salarial no
valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho), PLR de
três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e
ao assédio moral e fim da terceirização.
Foram realizadas 48 mil consultas entre os bancários para construção da Campanha. A categoria disse o que ela quer como índice, o que é prioridade na questão de saúde, de emprego e remuneração. Nós temos os debates nos sindicatos, depois nas federações e o coroamento, o fechamento disso, é nossa Conferência Nacional, que aprova a minuta.
A Campanha Nacional 2015 começa agora. Ao entregarmos a minuta para os banqueiros começam as negociações. Há possibilidade de conflitos, mas depois a resolução. E chegamos a uma Convenção Coletiva. O Brasil vive agora uma crise política, que foi transformada em crise econômica. Mas nossos patrões navegam num mar tranquilo. Tiveram lucros altíssimos, apresentados no primeiro e segundo trimestres. Temos certeza que eles terão responsabilidade e coerência na negociação com a gente. E que vamos ter o ganho real que estamos reivindicando e vamos trazer mais conquistas para a categoria.
Os 667 delegados e delegadas que participaram da 17ª Conferência também discutiram temas importantes da conjuntura nacional, como as consequências do processo de terceirização, reforma tributária, desenvolvimento econômico e estrutura do sistema financeiro atual. Também houve duras críticas ao último aumento da taxa Selic, que passou para 14,25% ao ano, e ao ajuste fiscal, liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Os Bancários entregarão no próximo dia 11 de
agosto, em São Paulo, a pauta de reivindicações à Fenaban.
Principais reivindicações aprovadas na Conferência
Reajuste salarial de 16%.
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS):
para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros:
permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços
bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de
metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e
fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
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